Vick
Eu ando cansada de tudo...
Do mundo, das pessoas, do colégio, do estágio, da arrogância de alguns, da falta de respeito de outros (ou dos mesmos)...
E sou bem covarde para lidar com pontos finais.
Mas agora eu estou cansada até desse medinho ridículo.
Eu nunca soube se o receio vinha do perder ou do magoar.
Descobri, então, que, muito mais pelo medo de perder, eu já deixei passar muita coisa... Já engoli muita coisa... Me acovardei, acomodei, deixei pisar e calei muito mais do que devia e mereço.
Pois agora eu cansei.

Sem mais chances. Sem corretivo ou borracha. Salto ou amnésia opcional. Agora é dor e ponto. Resposta e ponto. Fato e ponto. Fato. Ponto. E ponto.
Pronto.
Melhor que canalizar minhas energias para coisas e pessoas que simplesmente recebem a carga e jogam fora, pelo motivo que for, resolvi canalizar essa energia em mim. E em pessoas que merecem. Em coisas, palavras, sensações, sentimentos, reações e ações que merecem.
Vou, ao menos tentar, mudar o padrão. Se eu acredito que eu não consigo, nem que seja não pensar, então eu nunca vou conseguir. Nada. Nunca. Nunca além. Nunca além do nunca no nada. E nada.
Para o bom, o bem. Para o mau, a indiferença. Para o nada, nunca mais. Para mim, tudo que sempre desperdicei com quem não merece. E os que merecem? Tudo que sempre dediquei. Com mais atenção, mais carinho, mais amor. Até porque eu também mereço. E se agora me quero bem, como sempre quis aqueles com os quais realmente me importo e que sempre valorizam isso, que eu me dê todas as chances que dei a outros que não aproveitaram. Agora a questão é de honra.
Que eu honre, então, a minha amabilidade. E caso assuma a posição errada, que me puna. Justiça há que ser feita. Cela para as almas podres e agora vistas pobres, liberdade para as almas boas. E a minha alma? Alma nova.
Corpo, carne, pele, tecido, sopro... Tudo novo. Para receber o novo. Ainda bem que não de novo. Sinal de que nunca desvalorizei o que me foi voltado.

Talvez seja mais que honra. Talvez seja mais que apenas (me) querer bem...
Eu preciso de sensações novas... Sensações que me façam descobrir o brilho das coisas, dos olhares... Eu quero entrar em lugares, sentar à mesa com outras pessoas e saber que ali não há maldade voltada a mim. Apenas pessoas. Apenas momentos. Apenas palavras.
Eu preciso de pessoas que conversem, que ouçam, que dêem risada, que chorem... Que saibam expor o espírito sem perdê-lo. Compartilhar dúvida, brilho, angústia, etc..., é dom que não tenho, mas que admiro... E agora quero por perto apenas pessoas que saibam que nem tudo que se põe para fora é apenas alguma coisa. É sempre uma coisa. Num determinado momento. E que tudo tem seu valor, tem seu peso...
Não é só saber... É saber fazer.
Quero novidades que tragam o bem estar... Mesmo que já esperadas ou velhas... Se trouxerem conforto, são válidas.

Não quero mais ver o olho de um amigo deixar de brilhar...
Não quero mais ver o meu olho sem brilho...
Não quero arrogância, estupidez, ignorância por perto... Quero coisas boas... Leves...
Ao péssimo, a indiferença. Mesmo que falsa, como essa esperança que resolvo, agora, nutrir; eu peço que seja essa a minha resposta. Que seja, também, a resposta dos que adoro àqueles que os fazem mal.

Saia da minha mente.
Saia do meu corpo.
Saia do meu olho.
Saia da minha boca.
Saia da minha alma.

Expurgo agora, e talvez através deste, as sensações, as pessoas e as situações que não me rendem mais uma boa lição sequer.
Saiam todos.

Obrigada pelos momentos, pelas lições, pelas histórias contadas, pelas memórias. E nada mais a vocês.

AGORA

Chocolate
Sede
Essa semana só vai até quarta!
Fantástico
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