Vick
Já que disseram ser a minha cara...


Vick
•••> Piano Bar

O que você me pede eu não posso fazer

Assim você me perde, eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor

O que você não pode, eu não vou te pedir
O que você não quer, eu não quero insistir
Diga a verdade, doa a quem doer
Doe sangue e me dê seu telefone

Todos os dias eu venho ao mesmo lugar
Às vezes fica longe, difícil de encontrar
Mas, quando o neon é bom
Toda noite é noite de luar

No táxi que me trouxe até aqui Julio Iglesias me dava razão,
No Clip Paul Simon tava de preto más, na verdade não era não
Na verdade nada é uma palavra esperando tradução

Toda vez que falta luz
Toda vez que algo nos falta (alguém que parte e não volta)
O invisível nos salta aos olhos
Um salto no escuro da piscina

O fogo ilumina muito por muito pouco tempo (muito pouco tempo)
Em muito pouco tempo (hei) o fogo apaga tudo
Tudo um dia vira luz
Toda vez que falta luz
O invisível nos salta aos olhos

Ontem à noite eu conheci uma guria
Já era tarde, era quase dia
Era o princípio num precipício
Era o meu corpo que caía

Ontem à noite, à noite tava fria
Tudo queimava, nada aquecia
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão

Ontem à noite eu conheci uma guria que eu já conhecia
de outros carnavais com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão

No início era um precipício um corpo que caía
Depois virou um vício (Foi tão difícil) acordar no outro dia
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão
Vick
•••> Pra Ser Sincero


Pra ser sincero

Não espero de você
Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero
Não espero que você
Minta!
Não se sinta capaz
De enganar
Quem não engana
A si mesmo...

Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Não deixam suspeitos...

Pra ser sincero
Não espero de você
Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero
Não espero que você
Me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma
Ao diabo...

Um dia desse
Num desses
Encontros casuais
Talvez a gente
Se encontre
Talvez a gente
Encontre explicação...

Um dia desses
Num desses
Encontros casuais
Talvez eu diga:
-Minha amiga
Pra ser sincero
Prazer em vê-la!
Até mais!...

Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Não deixam suspeitos...
Vick
Just Like a Star + Coming Home + Gravity


Vick
Que porra é essa, cara?
Na boa... Eu faço tudo certinho, tudo direitinho, tento agradar, fazer valer a pena, deixar todo mundo bem, confortável... Faço planos, fico besta... E que porcaria eu recebo em troca? Nada! Quando muito, uma enxurrada de patadas... E nem o motivo sei... Só sei que recebo... E calo. Como vou contestar algo que não faço idéia do que se trata? Fora que não gosto de toda essa coisa de distribuir agressão aos que gosto... Não me sinto bem. Bem como fico péssima quando fazem isso comigo. Péssima mesmo.
Eu só queria saber o porquê desse tipo de coisa sempre acontecer comigo... Sério mesmo...

Isso me magoa pra caramba... Eu nunca sei onde estou errando, onde estou acertando, se é que acerto em algum momento. Nunca é suficientemente bom pro outro, acaba não sendo bom pra mim também... Daí eu acho que o problema é comigo, meu. E deve ser... Não é possível, não... Só pode haver alguma coisa muito errada comigo e eu ainda não percebi... E o pior é que vem logo a dúvida se tenho culpa mesmo, se fiz por merecer... No fundo acho que não, mas como vou saber se estou certa? Acaba que nunca saio dessa situação... O quadro se repete, em outros traços, por outros pintores, às vezes pelo mesmo... Mas se repete sempre. Vai tudo ficando complicado, eu vou ficando sem rumo... Porra! Às vezes eu só queria me encolher na cama, me cobrir por completo e ficar quieta, esperando passar... Ficar quietinha e esperar tudo passar... O problema é que essa merda não passa, não... E tem ficado sempre aqui na minha cabeça, me atormentando, me agoniando...

Se correr, o bicho pega. Se ficar, come.
E então!? Ceder ou ceder?????

Porra! Porra! Porra! Quinhentas mil vezes porra.
P. merda... Sério mesmo... Quantas vezes mais eu vou ter que tomar na cara (e calar, e engolir o choro) pra conseguir ficar bem?

Às vezes eu só queria um pouco mais de ousadia pra tentar buscar o que quero...
E se tiver que levar na cara, que leve uma vez mais. Só que essa vez poderia ser a última. Ou não... Mas ainda assim eu queria ter coragem.


*** estréia do layout novo ***



AGORA

Biscoito de Chocolate
Nó na garganta
No quanto é ruim sentir-se só
Nada
The Widow - Mars Volta

Vick
Sabe... Eu não estou na mesma situação que ela, ou ao menos não consigo admitir estar, se assim for.
Porém, em "solidariedade" a ambas, vou tentar fazer, também, uma "carta que, obviamente, nunca vai ser entregue".

"
Sabe..? Eu não sei o que acontece comigo, mas sempre que eu me apaixono por alguém algo sai incrivelmente errado...
Eu sei que pelo desenrolar de todas as raras vezes em que isso aconteceu, deu tudo tão errado que agora eu não acredito mais. Não acredito mais em mim, na paixão, muito menos em relacionamentos. Ou finjo não acreditar...
Ser trocada por uma 'revelação', por uma aposta ou até mesmo ser chifrada com uma ex... Coisas como essas fizeram com que eu acreditasse, e sim, eu acredito, que o problema está em mim.
No mínimo, soa como um paradoxo uma garota tão açucaradamente 'perfeitinha' ser sempre trocada por alguma coisa, deixada como que por uma criança que ganha um novo presente e esquece do brinquedo outrora favorito. Um brinquedo.
Isso dói demais... Não ser suficiente, não ser alguém com quem é sabido que se vale a pena conversar por mais que dois minutos sem que a outra parte durma. Será que eu sou tão vazia assim? Ou será que sou de tão complexa estrutura que o desafiante resolve mudar de labirinto?
(E que ninguém venha dizer que não passa de "dedo podre", porque eu sei que não é. Nunca foi. Nunca será.)

Eu já tive esperança sobrando, já alimentei expectativas que foram desleais comigo... Vários fatores já contribuíram para que eu não acreditasse mais em contos de fadas... Talvez eu ainda quisesse ser Rapunzel, porém ciente de que não há príncipe ao resgate... Às vezes parece que esqueceram de mim lá na torre, sempre sozinha e apenas com visitas esporádicas de uma bruxa asquerosa. Eu queria ser a princesinha dos contos de fadas com finais felizes... Sim, sim... Eu ainda gosto de dizer isso, pois me soa confortável. Uma posição confortável, para falar a verdade. Mas contos de fadas não existem. Ou até existem, mas há que se penar muito para vivê-los. Entretanto, além de fraca, eu sou covarde ao extremo. E já me deixei magoar tanto que agora não sei se consigo mais.

Tem sido assim... Na hora não dói e eu quase não percebo nada. Depois vêm as lágrimas que trazem consigo algo que suga toda a energia do meu corpo... E eu sinto cada pedacinho do mesmo doer. E me calo.
A dor passa. Demora, mas passa. Sempre passa. Então é como se eu estivesse pronta para outra, mesmo sabendo que não estou.
Eu digo que não aguento, mas convivo perfeitamente com a situação... E até esqueço quando vejo que amigas como a Raih não conseguem segurar aquilo que resolvi nunca mais demonstrar.

Então eu digo que não me apaixono mais até que apareça alguém que me prove que estou mentindo. E saia da minha vida exatamente como entrou. Do nada e, talvez, por nada.
O que me dizem, eu já sei.
As experiências que me contam, eu conheço...
Eu preciso de coisas novas, que não me machuquem, que me façam sorrir sem medo. Eu quero poder perder a cabeça sem desconfiar que no segundo subseqüente essa pode ter sido a maior besteira, a maior inconseqüência, da minha vida...
Eu queria poder ser feliz sem ter medo de acordar, mas não sou. Não.
"

AGORA

Nada
Friozinho bom
Praia ou cinema (de novo)?
Nada
The Pieces Don't Fit Anymore - James Morrison

Vick
O mais legal em conviver com outras pessoas é que o seu talento como ator é lapidado a cada sorriso, beijo e abraço forçadamente espontâneos que desprendemos. É simplesmente lindo como a conveniência impera majestosa sobre quase todas as relações humanas, só não talvez sobre a relação entre pais e filhos. Mas de resto? Nada escapa às garras da conveniência. E que fique bem claro que eu não estou puramente reclamando. Acho bem mais válido esse mundo de relações líquidas que mais parecem várias pequenas farsas bem aceitas a uma solidão forçada (como se toda solidão, de algum modo, não o fosse.). A convivência com terceiros é necessária, mesmo que algumas situações não o sejam.

Esse teatro de bonecos sorridentes e de sorrisos incrivelmente forçados me admira e me espanta como poucas coisas na vida. Esse pré-julgamento que fazemos do outro é lindo, é mágico e é quase cruel. Entretanto, toda essa farsa é condição sine qua non para o meu entendimento como ser social, ou melhor, não só para o meu entendimento, mas para o de todo e qualquer ser.

O meio em que vive ou viveu, as situações as quais enfrenta ou enfrentou, as relações que traça ou traçou, tudo isso é simplesmente essencial para entender cada ação adotada como natural pelo indivíduo. Eu não entendo o indivíduo se não entendo o meio que o cerca e, principalmente, influencia. A família, os amigos, os amores, os que mandam, os que obedecem... Todos influenciam no comportamento do ser. O que há de natural no homem é sua capacidade de moldar-se ao meio. Não é falta de personalidade, é apenas uma situação inerte ao mesmo. E não há algo plausível que sepossa fazer para mudar definitivamente isso.

O grande erro está, justamente, em tentar mudar essa condição. Quando o meio está extremamente homogêneo (e acreditar que há tamanha homogeneidade no meio já é um grande erro), sempre há um indivíduo que resolve mudar. O que não se percebe é que basta que um busque ser a diferença para que todos busquem sê-la também. E assim, o meio de diferentes permanece sempre igual. Quanto mais diferentes procuramos ser, mais iguais ficamos. Manter padrões, às vezes, é a melhor escolha. E talvez essa seja a saída para que o meio não influencie muito todo o tempo. Ou não de forma tão aparente.

Se é tudo uma farsa, uma igual farsa, não há um porquê para sofrer ou deixar-se abalar. Só é preciso uma fortaleza bem construída, uma máscara bem bonita e um sorriso bem feliz (ou forçadamente feliz). Quando estiver tudo péssimo, você usa do sorriso, abusa da tua bela máscara e se protege em sua fortaleza, sempre de vidro, assim todos terão uma suave projeção da tua personagem. Estará tudo sempre bem.

Parar de dar credibilidade à influência triste e negativa do meio (quando a mesma o é) é forçá-lo a desistir. E ele sempre desiste. É então que podemos sentir e sorrir de verdade. Muito mais que apenas aproveitar o momento, é preciso lembrar que quando tudo parece ruim a culpa não é toda nossa e que o próximo segundo pode ser bem mais real e valoroso que o agora.

Todo mundo é muito bom, mas meu chapéu sumiu.

AGORA

Nada
Nó na garganta que não desfaz
Austrália
Nada
Because of You - Ne Yo