Vick
O que sempre me fez acreditar na espera pelo fim dos momentos de desespero eram as possibilidades que se mostravam quando o mesmo apontava. Eram sempre essas novas opções de rota que concediam novo fôlego ao meu espírito. A alma acalmava quando se deparavam com a chance da escolha. O caminho cruzado que poderia dar em paralelas. O infinito do encontro das paralelas que poderia se arrebatado por um vento um pouco mais tendencioso que soprava um pouco mais forte para forçar o cruzamento... Idas e vindas. Idas. Vindas. Desvios e meios. Caminhos.

E mais uma vez a chance veio. Só não sei qual das faces assoprar para ao menos tentar fugir do vício do erro. Eu tenho lançado a minha sorte em dados viciados nas escolhas dolorosas. O caminho das pétalas, das libélulas e dos ares ou o caminho das pedras, dos vidros quebrados, dos açoites e das perdas desnecessárias? Considere três das faces para o primeiro dos desvios e as outras três para o segundo. É certo que o vício do lance se mostra. E mesmo quando escapo do peso dos lados ditos ruins, à frente recaio. E caio. De novo e sempre um pouco mais dolorido.

Eu posso sentar e esperar. Eu sou ansiosa.
Eu posso fazer a escolha certa. O que é errado?
Eu posso fazer a escolha errada. E o que é certo?

E onde entra meu medo?

É hora de admitir... Estou com medo de arriscar a ficha premiada que tenho em mão buscando o prêmio maior, quase ganho, é verdade, mas ainda assim seria arriscar o chaveiro de ursinho querendo o urso grande de pelúcia. Eu já o tenho, mas não tenho.
?_?’’’

Montarei o esquema tático. Colocarei em prática.
Se der tudo errado (de novo), corro um pouco mais, me arrependo um pouco mais e sento à beira do mar para costurar mais esse retalho no meu coração (e depois compartilho a pequena história que um dia me contaram)...



E a você, Sr. Anônimo...

Se você é meu alter ego, é alguém em quem posso confiar, certo!? E se é masculinizado, que me diga, então, o que fazer em relação aos outros. Pois tudo que penso dá errado. Então que meu "eu" masculino faça valer por mim. "Simples" assim.

A verdade não é a realidade.
Comecei a acreditar que a verdade é aquilo que repetimos milhares de vezes até acreditarmos. Repetimos e repetimos até que se torne verdade. O que não implica em de fato sê-la.

Cada um tem seus próprios sentimentos e sensações. Certo. Mas tê-los não deveria implicar em ignorar os dos outros. Será que é válido não levar em conta o que o outro sente e capta do meio em benefício daquilo que se sente? Eu não acredito ser. Não acredito no indivíduo sozinho; não acredito na existência dessa possibilidade. Sempre há que se ter situações e pessoas (convenientes ou não) para moldá-lo...

Eu trato minhas percepções e sensações considerando sempre os outros. Não me vejo totalmente bem se alguém que gosto, por exemplo, não estiver bem. Não vejo muitos como eu, mas gosto de levar assim.

Acompanho teu pensamento...
Fazemos nosso próprio caminho. Deixamos marcas, migalhas, pedaços e somos marcados por ele. Nossas escolhas sempre têm um efeito imediato sobre nossa vida. Futuros seqüenciais, imediatos, que somados levam ao futuro longíquo. Talvez fim. E o mais incrível é que não é esse tal fim que importa. São as marcas e escolhas que fazemos por todo o caminho visando um objetivo comum, porém turvo.

Um beijo maior...
E desejo o mesmo a você... Com algum prazer extra nas migalhas e alguma atenção especial às marcas.


PS.: O que aconteceu para o dia ser terrível?! E já se fazer notar tão terrível às 11h da manhã?!
PS-2.: Eu te conheço?

AGORA

Nada
Em-pol-ga-da! xD
"
êêê casamento! *-*"
O Amor é Cego
The Kill - 30 Seconds to Mars

Vick
Eu preciso de ajuda... Urgentemente.
Sabe..!? Está extremamente difícil suportar tudo que tem desabado sobre os meus ombros ultimamente... Sem trégua, sem piedade, sem chances, sem volta. Sem saída.

Hoje foi o dia mais incrível dentre os últimos dias... Mais um tijolo me acertou e eu, procurando conter a garota idiota que co-habita meu corpo, comecei a brigar comigo mesma... Seria engraçado, se não representasse uma reação num momento de um possível ,ou quase perceptível, desespero. Parte implorava por lágrimas que lavassem minh’alma, parte apontava o dedo frio e apenas ameaçava. E então eu não choro mais. Eu mudei meu DNA. Aquilo que me fazia sentir, chorar e sorrir foi desativado. Hiatus.

No fundo, eu quero um dia de atenção... Quero que alguém perceba que não há nada bem comigo e não me pergunte nada. Quero que essa pessoa apenas me dê a atenção que me falta... Quiçá um abraço. Sem mais.

Eu preciso sair... Conversar alguma coisa que valha a pena... Ver tudo enquadrado, fotos e cores... Alguma beleza resgatar desses cinzas dias... Eu quero ver desenhos nas nuvens, enjoar do cheiro do mar, sentar na areia e apenas notar por um ou dois minutos a linha que separa o azul do céu do azul do mar...
Eu faria isso sozinha se soubesse que conseguiria não pensar, ou ao menos pensar em não pensar, nas coisas que perdi, nas coisas que nunca tive, nas coisas que quis ter, nas que tentei ter... Eu só queria esquecer por um momento das minhas frustrações... Eu quero esquecer aqueles que me magoam e aqueles que me chateiam; que me enchem... Sabe..?! Eu quero conversar sobre amenidades... Ou até mesmo ouvir e ajudar a pensar os problemas dos outros... Mas eu não quero mais os meus...

Eu preciso de sensações antigas que nunca tive de fato... De emoções. Eu me machuco só para saber se ainda, ou o quanto, dói...
Eu não choro, eu não sinto, eu não grito, eu não brigo, eu não bato, eu não demonstro...
Isso é bom; até certo ponto. É que agora a coca cola já não desfaz os nós na minha garganta... E o cerrar dos meus dentes também já não me parece ser suficiente...

AGORA

Mc Duplo
Sono
Festas! Festas! Tão chegando!
Taken
Apenas Mais Uma de Amor - Lulu Santos

Vick
Please turn out all the lights, Mrs. Night... I need some space now...



Quem agora lhe escreve já não sabe mais por que o faz... Apenas sabe que precisa fazê-lo. Há algo no corpo que quer esboçar a face da alma.
Entretanto, tudo está tão embaralhado que copas e ouros se confundem por ponta e curvas. Às vezes perco de vista meu próprio nome. Tanto já se passou por minha mente, tanto já pensei que não sei mais qual reação esboçar. Apenas sei, novamente, que preciso de uma. É a necessidade (ou vontade, que seja) tornando-se notória além do emocional. Agora se fez necessária uma única reação que desencadeie uma série de pequenas, novas e ainda assim significantes mudanças. Reações desencadeando reações que desencadearão mudanças que me darão novo espírito, algum fôlego, talvez.

Quem lê algumas poucas linhas sobre mim, puxadas de alguma camada dentre os inúmeros novelos e muros e máscaras que aqui co-habitam, sabe que há algo errado. Eu não sou insensível. E controversamente, ultimamente eu não tenho nem ao menos permitido que essa virtude (se assim o for considerado) se deixe sequer ressaltar. Parece que desaprendi a chorar, a expressar o que se passa aqui por dentro. E passam-se tantas coisas que não sei se conseguiria citar... Incomoda-me não mais conseguir chorar. Muito. Incomoda muito, chorar muito... Ambas as interpretações cabem. Será???

Acho que minha alma acredita que entrou em estado cataléptico. Não sai. Não se incomoda. Não padece. Não demonstra. Não sorri. Não chora. Não grita. Sempre, e por todo o sempre que compreende o momento atual, se cala. Se afasta daquilo que possa ferir. Não. Não pode ser assim. E não é. Há algum problema no meio que cerca cada pequena grande parte de mim. Eu quero brigar, mas não consigo. Estou com medo. Muito medo mesmo de que o meu nocaute seja a condição sine qua non para o fim desse round. Eu não queria, mas sei que vou perder... E já que há que se aceitar a situação X na qual me encontro, então eu quero retardar ao máximo a chegada a seu fim.

Admito. É covardia.
E é mais do que medo de perder...
É medo de me machucar.

AGORA

Calzone de Filet com Cheddar
*confusa*
Festa! Festa! E festa!!!
Despertar de um Pesadelo
A Horse With No Name - America

Vick
Sabe..!? A tal garotinha dos olhos de mel tinha tudo pra se arrepender, para fugir e tentar refazer sua vida, reconstruir seu coração cansado de trocas desvantajosas, de toda a dúvida que a corroía... Tinha tudo para desistir. E desistiu. Do amor, da crença, das fadigas, das mazelas, dos temores... Desistiu de tudo. E só lhe restou o vazio. As paredes brancas que a cercavam em seu castelinho, por várias vezes de areia, estavam brancas demais... Suas mãos, frias demais... Seus pés, tronco, ombros, costas, doloridos demais... Os cômodos lhe pareciam extremamente incômodos... As músicas que ouvia não eram mais as mesmas... As roupas que vestia também não mais eram as mesmas... Era tudo novo. E estranho. E ela se sentia, agora, estranhamente normal. Nova. Porém normal. Sem maiores sensações. Sem maiores medos. Sem maiores aventuras. Sem maiores amores. Sem maiores significados. Não. Ela não havia morrido. Estava em hiatus.

Pausa.

E qual motivo a faria suspirar novamente? Ar novo. Fôlego novo. Vida nova. Amor novo? Todos clichês.
As alvas paredes já não o eram de tal forma... Agora havia cor. Algo entre o branco e o negro. Todas as cores. Nenhuma cor. Inércia. Movimento. Vida. Morte não mais.
Declarada guerra à mesmice e à acomodação, preparem-se todos. A franja não lhe cobre tanto mais os olhos. As maçãs rosadas por maquiagem não mais ficariam inchadas por exaustão dos olhos... Não mais haveria sangue em seu mel. Seus olhos de mel, agora seriam só brilho e doce.

Mas por que acreditar nesse tal doce que ainda resta em algum lugar do mundo? Porque as cores das paredes que a cercavam não mais a cegavam... Agora a mistura de tudo e todos naquilo que mais lhe pareciam o nada fomentava idéias, desejos, aspirações, fúrias, virtudes, pecados... Tudo! E de novo, do nada. Ah! o nada... Quão belo pode ser o branco quando se consegue notar as sete cores que o fazem branco?
Não tão belo quanto cada uma das sete. Girem, misturem, sonhem, dancem, beijem-se! E surge o branco de novo.

Ela quer. Ela o quer. E quer também o branco do cavalo dele, que há pouco avistou através da janela que nunca antes tinha notado.
É tudo tão estonteante que ela não sabe mais por onde (re)começar...
Ela apenas quer. Muito. E agora, de nova alma e igual vontade, ela irá lutar. Algo que, há certo tempo havia decidido não mais o fazer. Ela não quer mais se deixar acomodar. E, como antes, ela vai conseguir seguir e concluir.
Ela sente, chora, grita, pede, cede, ouve não, diz não, briga, se recolhe, recolhe os cacos, mas ao final ela sempre metamorfoseia. Talvez não só fisicamente. Mas ela sabe que sempre haverá uma nova sala, com novas paredes brancas prontas para uma nova onda de sentimentos não tão novos.

Ela cansou do esporádico.
Agora ela quer para sempre.
Mesmo que para isso ela perdesse algo da noção do real valor das coisas.

Será que "para sempre" é tempo demais???

AGORA

Misto quente
Saudade. Muita saudade
"Chega logo, dia 20!"
Nada
What Hurts The Most - Rascal Flatts

Vick
Ainda preciso de tempo para criar algumas certezas... Poucas. Fáceis. Poucas fáceis certezas ou certezas pouco fáceis? Mesmo que falsas ou apenas ilusórias, ainda assim me restaria a doce sensação (leia-se: ilusão) de algo atenuar minhas dúvidas. E toda a corrosão que elas causam.
A expectativa e a esperança são sentimentos nutridos extremamente cruéis... Elas dão algum chão, por pouco tempo, em troca de muita dedicação, muita energia, muito tempo...
A um pai resta esperar que, ao final do dia, o filho apenas chegue bem... Uma mãe implora para que cada momento se deixe levar pelo sutil toque do vento... Eles esperam o filho. Esperam. E só. O que se passa pela cabeça deles é ilusão. É expectativa. A praga esperançosa que surge é para forçar o pensamento.
No fim é sempre medo.
De perder, de ganhar, de ouvir, de falar, de querer, de recusar, de ficar, de ir, de começar, de terminar, de pedir, de negar, de conquistar, de mudar... Muitos medos têm se sobressaído à minha aura, ao meu pensamento, que, por sinal, se voltou para eles...

Estou, no mínimo, confusa.

É bom imaginar, idealizar, desejar, gostar, sorrir, chorar, pensar, ver o pôr-do-sol querendo apenas vê-lo e acabar por descobrir que o mundo tem camadas tão sutis, desenhos tão bonitos, palavras tão rosadas que, às vezes, nada mais pode importar. É a sintonia de tudo que torna o nada algo, por horas, bem maior. Um momento e um pedaço de nada, pelo nada e por nada podem valer muito mais que os momentos mais grandiosos e bem arquitetados pelos quais podemos passar. É a frase despretensiosa bem dita, é o brilho momentâneo do olhar, é o sorriso de canto de boca... São os detalhes... Sempre são os detalhes que tecem a beleza do primeiro segundo. Os outros são pilhas de conseqüências que, postas como uma fileira de peças de dominó erguidas, ao levar um sopro mais engajado, começam a cair e formar figuras. A velocidade, o desenho, a (des)organização, a beleza de todo esse caos depende do sopro. Lábios e sopro. Sem toques. Apenas tênues gestos. Talvez algumas boas e, fixe-se, poucas palavras...

E ainda assim, de novo e sempre, há o que se temer. Ao menos para mim, há. Não sei bem o que é... Ou como quantificar... Acredito que há, ao menos, alguma força me puxando para baixo... Gravidade, que seja, atuando contra mim...(?)
E reconhecendo, por agora, a força de apenas um dos medos que citei... Acho que minhas restrições têm fomentado, em algum lugar aqui dentro, o medo da minha vontade... Medo do que quero, do que posso querer, do que ainda quero, do que já deixei de querer, do que imaginava ter deixado de querer... Não sei mais onde é realidade e onde é ilusão. Tem algum espelho embaçado que está reproduzindo reflexos e reflexões equivocados. Socorro?

Não sei mais onde limpar.

Talvez eu siga aquele pequeno passarinho verde que vi por aqui voar há pouco...
Talvez eu siga aquele unicórnio rosa que há tanto tempo me instiga...
Os dois?
Não sei. No máximo, talvez persiga um e depois outro... A dúvida é: Qual seguir primeiro? Se é que devo seguir algum...
Bichos mágicos ou materialização infantil daquilo que outrora idealizei por felicidade?

Coisas ainda estão pendentes...
Falta tudo.
Sobra tudo.
No fim? Nada.
E o que seria esse “nada”?
Muita coisa...

AGORA

Brigadeiro
Sono
"Chega logo, sábado!"
Nada
Coming Home - John Legend

Vick


Eu só precisava de um pouco mais de tempo...


Só um pouco mais...

Um pouco.

Mais.

Tempo. Por favor, tempo.



AGORA

Coca Cola
Nem sei...
Amanhã ainda tem UFBA
Nada
9 Crimes - Damien Rice

Vick
Eu ando cansada de tudo...
Do mundo, das pessoas, do colégio, do estágio, da arrogância de alguns, da falta de respeito de outros (ou dos mesmos)...
E sou bem covarde para lidar com pontos finais.
Mas agora eu estou cansada até desse medinho ridículo.
Eu nunca soube se o receio vinha do perder ou do magoar.
Descobri, então, que, muito mais pelo medo de perder, eu já deixei passar muita coisa... Já engoli muita coisa... Me acovardei, acomodei, deixei pisar e calei muito mais do que devia e mereço.
Pois agora eu cansei.

Sem mais chances. Sem corretivo ou borracha. Salto ou amnésia opcional. Agora é dor e ponto. Resposta e ponto. Fato e ponto. Fato. Ponto. E ponto.
Pronto.
Melhor que canalizar minhas energias para coisas e pessoas que simplesmente recebem a carga e jogam fora, pelo motivo que for, resolvi canalizar essa energia em mim. E em pessoas que merecem. Em coisas, palavras, sensações, sentimentos, reações e ações que merecem.
Vou, ao menos tentar, mudar o padrão. Se eu acredito que eu não consigo, nem que seja não pensar, então eu nunca vou conseguir. Nada. Nunca. Nunca além. Nunca além do nunca no nada. E nada.
Para o bom, o bem. Para o mau, a indiferença. Para o nada, nunca mais. Para mim, tudo que sempre desperdicei com quem não merece. E os que merecem? Tudo que sempre dediquei. Com mais atenção, mais carinho, mais amor. Até porque eu também mereço. E se agora me quero bem, como sempre quis aqueles com os quais realmente me importo e que sempre valorizam isso, que eu me dê todas as chances que dei a outros que não aproveitaram. Agora a questão é de honra.
Que eu honre, então, a minha amabilidade. E caso assuma a posição errada, que me puna. Justiça há que ser feita. Cela para as almas podres e agora vistas pobres, liberdade para as almas boas. E a minha alma? Alma nova.
Corpo, carne, pele, tecido, sopro... Tudo novo. Para receber o novo. Ainda bem que não de novo. Sinal de que nunca desvalorizei o que me foi voltado.

Talvez seja mais que honra. Talvez seja mais que apenas (me) querer bem...
Eu preciso de sensações novas... Sensações que me façam descobrir o brilho das coisas, dos olhares... Eu quero entrar em lugares, sentar à mesa com outras pessoas e saber que ali não há maldade voltada a mim. Apenas pessoas. Apenas momentos. Apenas palavras.
Eu preciso de pessoas que conversem, que ouçam, que dêem risada, que chorem... Que saibam expor o espírito sem perdê-lo. Compartilhar dúvida, brilho, angústia, etc..., é dom que não tenho, mas que admiro... E agora quero por perto apenas pessoas que saibam que nem tudo que se põe para fora é apenas alguma coisa. É sempre uma coisa. Num determinado momento. E que tudo tem seu valor, tem seu peso...
Não é só saber... É saber fazer.
Quero novidades que tragam o bem estar... Mesmo que já esperadas ou velhas... Se trouxerem conforto, são válidas.

Não quero mais ver o olho de um amigo deixar de brilhar...
Não quero mais ver o meu olho sem brilho...
Não quero arrogância, estupidez, ignorância por perto... Quero coisas boas... Leves...
Ao péssimo, a indiferença. Mesmo que falsa, como essa esperança que resolvo, agora, nutrir; eu peço que seja essa a minha resposta. Que seja, também, a resposta dos que adoro àqueles que os fazem mal.

Saia da minha mente.
Saia do meu corpo.
Saia do meu olho.
Saia da minha boca.
Saia da minha alma.

Expurgo agora, e talvez através deste, as sensações, as pessoas e as situações que não me rendem mais uma boa lição sequer.
Saiam todos.

Obrigada pelos momentos, pelas lições, pelas histórias contadas, pelas memórias. E nada mais a vocês.

AGORA

Chocolate
Sede
Essa semana só vai até quarta!
Fantástico
Fake Plastic Trees - Radiohead

Vick
Eu disse... Ah! se disse... Várias vezes... Por aqui, a Meg, ao meu travesseiro...
No fundo, acho que eu sempre acreditei nisso... Ou sempre acreditarei...
É incrível... Pode até ser loucura, e que seja se melhor for, mas sempre vai tudo dando certo... Se explicando, encaixando, ensinando, batendo e me fazendo crescer. É bom chorar. É bom gritar. Às vezes até o silêncio consegue dizer bem mais do que se espera dele...
Tudo incomoda. Tudo dói. Tudo marca. E tudo some. E se torna quase insignificante, quase um nada. E o que o nada é!? Vai saber...

O caos vai preparando para o fim ao mesmo tempo que prepara para o começo... Tira e cede. E causa sensações infinitas, únicas, por vezes inimagináveis... E passa! Feliz ou infelizmente, passa. Sempre passa.
E mesmo assim eu ainda o supervalorizarei... Sempre... Porque é essa desordem que me tira o chão, mas que também me faz aproveitar muito mais o fato de poder sentí-lo aqui embaixo novamente, num outro dia com novas possibilidades e novos sabores...

Aaaaaaaah possibilidades...
Devem ser levadas, todas elas, em consideração... Boas, ruins, esperançosas, calamitosas...
Desde que sejam possibilidades... Sol, chuva, velho, novo, nuvem, mofo... E ar. E ares. Hades?
Aaaaaaaaah vocês, veneradas possibilidades... Não sei o que seria do ser humano sem vocês... Pois é... É uma possibilidade... Só que essa eu prefiro nem cogitar.

E àqueles que aceitam o "normal" como algo bom... Se conseguissem se deixar desacomodar... Se por um segundo percebessem o quanto estão perdendo... Gritariam, chorariam, bateriam e brigariam por um segundo a mais todos os dias até que a diferença começasse a se fazer notar...
Eu posso não ser um exemplo de obstinação... Mas eu deixei de me acomodar... Todos os dias, um segundo por dia... E, não sei se por ansiedade ou por resultado propriamente dito, já vejo alguma pontinha aqui por dentro mudando.

AGORA

Bolo de Chocolate
Sono
"Agora que eu quero meeeeeesmo!" ;)
Nada
Como Eu Quero - Kid Abelha

Essas internas...
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Vick
A beleza do caos só é percebida por quem não é, de fato, atingido por ele...
As perspectivas frustradas, as possibilidades quebradas, os fatos desagradáveis, as dores no corpo e na alma, os excessos, as faltas, a acomodação... E confesso não saber o que é pior... Se a acomodação por qualquer que seja o motivo ou a nutrição de expectativas sobre qualquer que seja a coisa. Todo esse conjunto de fatores revoltantes são belíssimos e de alto poder utópico para quem não é usado como marionete deles...
Malditos vampiros... Acabam aos poucos com você... Tiram a tua saúde, o teu brilho, a tua vontade, o teu sangue e a tua alma... Deixam "viver" apenas um pedaço de carne com alguns frágeis ossos sustentando um desequilibrado equilíbrio desequilibrado...
Os que desfrutam de algum milagre já não ligam para a situação alheia... O caos já não os afetam. Ou será que fingem não se deixar afetar!? Vai saber... Ainda espero por algum meu...
O prazer de viver, quando em gozo, é capaz de cegar os que o gozam... É benção e maldição... Um presente da vida que massageia e conforta a alma, mas que também pode furar os olhos...
Não sei se não entendo por que isso acontece porque simplesmente não consigo entender ou se porque não quero... Não sei. Mas sei que quero o meu milagre...

"Agora, talvez mais do que nunca, eu preciso do meu milagre"...
Não me lembro bem, mas acho que ouvi algo do tipo no filme "Melhor é impossível", já citado por aqui...
E, honestamente, onde ouvi é o que menos me importa agora... O que importa é que eu preciso... E muito. E com urgência. Preciso logo do meu milagre... Preciso logo de um pouco dessa cegueira adocicada e leve... De um pouquinho de boa vontade da vida para me deixar dar mais alguns passos sem sentir tanta dor...
Eu estou acomodada. E nutrindo expectativas (sobre não sei o quê, mas ainda assim nutrindo. - o que é bem pior.). Já não suporto mais esperar por ele... Já acho que há algo errado nisso... Não deve ser corriqueira tamanha demora...
As porradas chegam rápido... As dores, os músculos cansados, os hematomas... Mas e o afago!? A mão que espanca não fará o carinho!?

Eu até tento andar com pedras e tacos para revidar... Mas as minhas costas doem... Eu sinto cada grama pesar como toneladas... É peso demais sobre o corpo cansado... Mais que sobre o corpo, sobre a alma.
A alma de quem não aceita o momento como simples momento, que não aceita viver só de esperanças, que acredita nas inúmeras possibilidades que a vida pode traçar, que busca ter um pouco da paciência e do poder de reconstrução de monges, que procura fazer o sempre certo sempre; a minha alma está cansada... Ela deita cansada todos os dias como o meu corpo, mas cede a sua energia para que ele se levante no dia seguinte para se cansar um pouco mais... E descansa quase nunca. Ela precisa que todas as outras almas que quer proteger estejam bem e que o meu corpo esteja longe dos vampiros do caos para só então poder relaxar... Mas isso é difícil... Muito difícil mesmo...
E sempre há um outro ser que ignora a luta da pobre alma... Apunhala sorrateiramente... Magoa por prazer, por não se importar, por vários motivos ilusórios... Mas sempre justificativas pouco aceitáveis para tamanha crueldade...

Meu corpo e minha alma não têm mais outra saida a não ser continuar lutando contra a acomodação, contra as esperanças e as expectativas, contra as possibilidades infundadas, contra a deterioração dos que possuem alto valor... Contra alguns dos demônios do caos...
Quem sabe assim eu possa desfrutar de algum milagre e me deixar cegar um pouco por ele... Só um pouco... Mas é que preciso sentir um pouco do gosto dessa leveza... Um pouco que seja... Para não me acomodar mais como estúpida que sou...
Preciso de algum milagre, algum impulso que me anime a lutar de novo... e sempre.
Vick
Cabe certinho...

30 Seconds to Mars
The Kill


What if I wanted to break?
E se eu quisesse terminar?
Laugh it all off in your face...
Rir de tudo na sua cara...
What would you do?
O que você faria?

What if I fell to the floor?
E se eu caísse no chão?
Couldn't take this anymore...
Não pudesse mais agüentar...
What would you do?
O que você faria?

Come break me down!
Venha me destruir!
Bury me, bury me!
Me enterre, me enterre!
I am finishing with you!
Eu estou acabando com você!

What if I wanted to fight?
E se eu quisesse lutar?
Beg for the rest of my life...
Implorar pelo resto da minha vida...
What would you do?
O que você faria?

You say you wanted more...
Você diz que queria mais...
What are you waiting for?
O que você está esperando?
I'm not running from you (from you).
Não estou correndo de você (de você).

Come break me down!
Venha me destruir!
Bury me, bury me!
Me enterre, me enterre!
I am finishing with you!
Eu estou acabando com você!
Look in my eyes!
Olhe nos meus olhos!
You're killing me, killing me!
Você está me matando, me matando!
All I wanted was you!
Tudo que eu queria era você!

I tried to be someone else...
Eu tentei ser outra pessoa...
But nothing seemed to change.
Mas nada pareceu mudar.
I know now, this is who I really am inside...
E eu sei agora, isto é o que eu realmente sou por dentro...
Finally found myself!
Finalmente eu me encontrei!
Fighting for a chance...
Lutando por uma chance...
I know now, this is who I really am!
Eu sei agora, isto é o que eu realmente sou!

Ah, aaaah
Ah-aha ohh
Ah, aaaah

Come break me down!
Venha me destruir!
Bury me, bury me!
Me enterre, me enterre!
I am finishing with you!
Eu estou acabando com você!
Look in my eyes!
Olhe nos meus olhos!
You're killing me, killing me!
Você está me matando, me matando!
All I wanted was you!
Tudo que eu queria era você!
Come break me down!
Venha me destruir!
Break me down, break me down!
Me destruir, me destruir!

What if I wanted to break? [You say you wanted more]
E se eu quisesse terminar? [Você diz que queria mais]
What if I... [What are waiting for?]
E se eu... [O que você está esperando?]
What if I... [I'm not running from you]
E se eu... [Eu não estou correndo de você]

Bury me, bury me...
Me enterre, me enterre...

AGORA

Nada
Dor de garganta passando
Em fazer as unhas
Nada
The Kill - 30 Seconds to Mars


Uma outra versão, mais, mais...

Vick
O ano não acaba...
As coisas ruins não páram de aparecer...
Tudo não pára de dar errado...
Eu não consigo deixar de ser estúpida...

E cadê o meu castelinho? As minhas muralhas? Os meus postos de defesa e a minha torre??? Onde foi parar tudo aquilo que acreditava que me protegeria para todo o sempre?
Será que a onda que por aqui passou era feita de ácido!? Pois não restou muito das minhas construções... De todas elas...
Tô me sentindo fraca, desprotegida, vulnerável... O lixo do lixo...
Olho no espelho e tenho vontade de matar a idiota que vejo... Mas ao mesmo tempo que tenho raiva, tenho pena...

Se tudo isso fosse um filme, amanhã eu acordaria disposta a mudar...
Cortaria o cabelo, mudaria as roupas, os gestos e surpreenderia a todos com uma nova pessoa; fatal...
Acontece que não tenho mais forças... Nem para pensar no que fazer...
Não consigo vislumbrar boas coisas...
Eu penso no passado e só vejo porrada...
Olho para o presente e... porrada..!
Então o que esperar do futuro!? Afago???
Não... Não mesmo...
Não sou tão estúpida assim... Já consigo aceitar que nada mais vai dar tão certo esse ano; pensando apenas num futuro mais próximo...

O ano não acaba...
O medo não passa...
As coisas não melhoram...
Mas as forças praticamente já acabaram... E falta tanto tempo pro ano acabar... Dias intermináveis... Horas insuportáveis...
Agonia, agonia e agonia;
Não vejo mais nada de bom para acontecer nesses dois próximos meses...
Não que o próximo ano vai ser puramente maravilhoso...
Mas ao menos o ritual da passagem me vai revigorar... Talvez eu ainda acredite no que dizem... "Ano novo, vida nova."
E eu preciso, urgentemente, de outra vida... Alma nova mesmo... Por que essa já está cansada...
Cansada de tanta porrada, de tanta decepção, de tantos "draminhas"...

Eu tô me sentindo numa farsa.
Tomara que eu acabe logo com ela...
Para tudo passar e depois começar tuuuuuuuudo de novo...

AGORA

Calzone
Dor de garganta
Em ter que acordar cedo amanhã
Monk
Murder on the Dancefloor - Sophie Ellis Bextor