Dou minha mão à palmatória...
Fui equivocada... Bastante equivocada...
Por um momento eu enxerguei o mundo com olhos utópicos e cheios de falsas esperanças...
Logo as esperanças que tanto evito... E esperanças falsas, que são ainda piores...
Me mantive cega por instantes... Instantes preciosos que acabei por não viver...
Não interferi de fato... Apenas presenciei... E, ainda assim, não o fiz como de costume...
Não quis ver que algumas das maiores mudanças já ocorreram...
Que alguns dos padrões que mais pareciam ser imutáveis já mudaram...
Eu continuo achando que é possível, sim, ficar melhor... Achar que não já é muito comodismo...
Tendemos a não ver o que muda da maneira mais sutil... Mas tudo está mudando todo o tempo...
Talvez, quando eu terminar esse post, já tenha até mudado de idéia... E provavelmente não vou perceber...
Estou engajada.
Quando estamos engajados numa causa, infelizmente deixamos as outras de lado... Um erro... Mais um para a lista.
"Quantas vezes a gente sovbrevive à hora da verdade?
Na falta de algo melhor, nunca me faltou coragem...
se eu soubesse antes o que sei agora, erraria tudo exatamente igual..."
- Engenheiros do Hawaii, Surfando karmas & DNA
Sabe!? O erro é necessário... É no erro que a possibilidade se destaca... É no erro que as coisas tendem a se tornar mais claras...
Precisamos tentar... Sem maiores medos... Dentre os arrependimentos, o pior deles é o arrependimento pela covardia, pelo medo de arriscar...
É um martírio viver na dúvida...
Se? Se?? Se??? *gastrite* Será? Quando? Será mesmo? *úlcera* Sim? Ou não? *câncer* Hoje? Faço? Esqueço? *morte*
Sei que é difícil viver sem ela, praticamente impossível (não posso me contradizer de novo... continuo acreditando que o possível depende do indivíduo.)... Mesmo quando você faz algo com a mais firme das certezas, algum tempo depois surgirá a dúvida... Ela nunca falha... Sempre vem... Mais cedo ou mais tarde... Sempre vem.
A dúvida é implacável... Corrói... Tira a leveza da expressão...
Após a corrosão das dúvidas, me restaram algumas certezas e algumas possibilidades...
Eu descobri que não é tão preciso mudar um padrão... A maioria deles muda naturalmente...
Quando algum nos incomoda de fato, fazemos com que ele mude... Não suportamos a dor por muito tempo... Procuramos suprimí-la de qualquer modo... E quando não conseguimos é que começamos a pensar no problema...
Não sei se é algo particular, mas percebo que a pedra no sapato apenas incomoda... Quando passa a doer é que, de fato, procuro tirar o sapato e retirá-la do mesmo...
Às vezes o nível de satisfação está num patamar tão confortável que nos damos ao luxo de transformamos algo que apenas incomoda em uma imensa dor... E quando percebemos a realidade, sentimos vergonha...
Eu estou envergonhada agora...
Não estamos do melhor jeito, fato... Mas, por agora, esse é o mais confortável... Caso contrário, faríamos de tudo para mudar... Sairíamos do mundo dos devaneios e passaríamos para o mundo das ações, das possibilidades e dos medos.
AGORA
Nada
Fome e sono
Nada muito relevante
Nada
SexyBack - Justin Timberlake
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Um cheiro, um som, um arrepio...
Um cheiro que lembra um som que causa um arrepio...
Lembranças...
Outro arrepio...
Seres humanos se consomem nas lembranças... Um hábito... Um vício... Viciados no nosso museu pessoal...
Por que parece que o passado é tão mais gostoso que o presente? Que o futuro?
As certezas do passado são adocicadas pelo nosso saudosismo natural... Em contrapartida, o presente nos dá tapas alfinetados e nos cansa... É amargo.... O futuro é indefinido, às vezes insípido... Mas o nosso presente, e também nosso futuro, virá a se tornar passado... Será que se tornará doce também..!? Eu até posso adiantar a resposta... Sim, se tornará...
Então por que não tentar deixar o presente doce enquanto ele ainda é presente? Por que temos que esperar que se torne passado para, de fato, ver que poderia valer a pena? Temos tempo... Pouco ou muito... Temos tempo... Temos possibilidades mil para tentar ser um pouco mais felizes... Então por que diabos não nos damos mais uma oportunidade? Nossas raízes não são tão profundas, nossas muralhas (que já disse que de nada nos protege) não são tão altas... E mesmo assim preferimos não ir além...
Somos medíocres... Menosprezamos as nossas sensações... Ignoramos as possibilidades...
E isso tudo em prol de sensações e possibilidades outrora concretizadas...
Até quando a nossa consciência vai nos manter inconscientes? Alheios ao nosso processo? Ao mundo que nos cerca?
Sem Sol, nem mar... Sem eterno, sem momento... Como é possível seguir assim?
Seguir livres ou não seguir? Livres, por favor... Livres por alguns momentos preciosos e, de preferência, que se tornem cada vez mais constantes...
Por que não ouvir e sentir cheiros agora? Nos deixar arrepiar por um toqueou mesmo por uma palavra... O momento é essencial... Tanto quanto as banalidades necessárias... Vivemos de passado, óbvio... Mas vivemos de passado no presente, queem breve se tornará passado e um dia já foi futuro...
Do insípido ao amargo que, subitamente, se torna doce... E mesmo vendo que não há sentido em viver assim, seguimos... Sem destino? Ok. Sem esperança? Ok. Sem sensações? Quiçá nunca mais...
AGORA
Pizza
Sono
Terminar isso aqui e sair
Monk
Ain't no Sunshine - Lighthouse Family
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Nine Inch Nails - Right Where It Belongs (tradução)
Veja o animal nesta jaula que você construiu
Você está certa de que você está bem?
Melhor não olhar pra ele bem próximo ao olho
Você está certa de que do lado do vidro você está?
Veja o abrigo na vida que você tem construído
Tudo de onde isso pertence
Sinta a falsidade dentro do seu coração
E tudo isso está
Bem onde isso pertence
Suponhamos que tudo em volta de você
Não é exatamente como parece
Suponhamos que todo o mundo que você acha que conhece
É um sonho elaborado
E se você olhar pro seu reflexo
Isso é tudo que pretende ser?
Suponhamos que você pudesse ver através das rachaduras
Você poderá achar a si mesmo
Achar a si mesmo com medo de olhar?
Suponhamos que todo o mundo que está dentro do seu coração
Só criasse pra você mesmo
Seus diabos e seus deuses
Toda a vida e a morte
E você realmente está sozinha
Você pode viver nessa ilusão
Você pode escolher acreditar
Você continua olhando mas não consegue achar as palavras
Você está se escondendo nestes sonhos?
Suponhamos que tudo em volta de você
Não é exatamente como parece
Suponhamos que todo o mundo que você acha que conhece
É um sonho elaborado
E se você olhar pro seu reflexo
Isso é tudo que pretende ser?
Suponhamos que você pudesse ver através das
rachaduras
Você poderá achar a si mesmo
Achar a si mesmo com medo de olhar?
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E a cada dia que passa nossos animais ficam mais e mais ferozes...
Temos tanto medo deles que nos refugiamos em nossas próprias muralhas... Muralhas de vidro translúcido, aparentemente, fortalezas impenetráveis... E que só deixam passar parte da verdade...
Seguimos assim até que consigam a chave da porta dos fundos... E é então, e só então, que vemos o quanto somos vulneráveis... O quanto nos enganamos e nos negamos algumas oportunidades por puro medo...
É nesse momento que as faltas e excessos se mostram e mostram sua força... E então tudo deixa de estar bem...
A nossa bolha, quando estoura, nos revela que a nossa solidão é opcional... Nos afastamos porque optamos por isso... A falsa sensação de proteção nos esconde apenas o medo...
Mas... Medo de quê?! Eu sempre me pergunto... E ainda não sei se tenho a melhor resposta... Apenas algumas idéias baseadas em algumas situações por mim vivenciadas...
A maior questão é... Como levantaremos se temos tanto medo de cair? E quem foi que nos garantiu que não haveria amparo?
Será que a dor é sempre a última solução? Não consigo aceditar que seja... Ou melhor, não posso...
Nenhuma lágrima, nenhum momento é em vão...
Sempre há algo para aprendermos, algo para ensinarmos... Mesmo quando não queremos... Sempre há...
Não... Não é comodismo nem abandono de anseios... É apenas uma visão de realidade um tanto quanto diferente da costumeira... Irrigada, talvez, por certa esperança, mas com certeza cheia de novas possibilidades...
Esperemos um pouco que a dor passe... Por que não sair um pouco da nossa bolha? Quebrar um pedaço da nossa muralha e fazer uma bela janela... Deixemos que o translúcido se torne transparente... Ao menos algumas poucas e essenciais vezes...
Sobretudo, tenhamos um pouco mais de paciência... Se aliada à boa vontade então...
Por mais alta que seja a nossa muralha, vamos tecer uma escada e fugir, mesmo que esporadicamente, dessa fortaleza que não nos protege de nada... Ela apenas adia uma nova sensação... Se boa ou ruim, só experimentando pra saber...
AGORA
Nada
Dor de garganta
Amanhã vou passar frio de novo u.u
Nada
Surfando Karmas & DNA - Engenheiros do Hawaii
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Como é possível alguém sentir falta de algo que nunca teve?
Algo que apenas permeou sua imaginação por um tempo e acabou por se mascarar como verdade...
Ou melhor... Até quando o meu coração vai conseguir me enganar e me tirar a noção do que é (im)possível?
Tudo bem que o possível depende bem mais de mim que de outra pessoa, maaaaas... Que habilidade idiota é essa? E onde eu devolvo??? Por que eu venho me enganando com coisas tolas? Enganar alguém é vil, mas enganar a si próprio...
Eu ando realmente cansada de não ter as minhas respostas... Não sei como, mas sempre sei o que dizer a qualquer um e não sei o que dizer ao meu espelho... Espelho que tem me mostrado um olhar cansado da falta de esperanças...
E quanto às esperanças... Às vezes acho bom que elas sumam da minha vida... As esperanças me deixam ansiosa e me enchem de expectativas... E eu odeio as expectativas... São cruéis... Prefiro apenas as possibillidades... Essas sim são mais sutis... Mesmo que gerem certo frio esporádico no estômago, é possível contornar... Porém a esperança é quase sempre impiedosa...
Que sensação de incapacidade... De abandono... De desmerecimento...
É... Desmerecimento sim... Eu não tenho conseguido me dar um alto valor, não vejo mais onde estão os meus "pontos fortes"... Não os vejo porque, talvez, eles não sejam tão fortes assim ou até mesmo nem existam...
Talvez eu seja o mais hipócrita dos seres... Afinal... Como é alguém entende todos sem nem ao menos se entender..!?
Parece que eu venho vivendo num mundo de devaneios... E nada se apresenta de modo claro... Eu não consigo ver além quando o objeto de análise sou eu...
Eu sinto falta de uma coisa que não sei bem explicar... Talvez por não ser algo concreto... Talvez por não fazer falta de fato...
Se idéias, se carinho, se companhia, se ajuda... Não sei... Eu só sei que agora falta algo.
Possibilidades mil...
A idéia, agora, é seguir com outras metas e traçar alguns novos objetivos...
Eu aprendi que algumas coisas incomodam até certo ponto e depois cessam... De novo a velha ideologia do "logo passa"... E passa mesmo... Isso já foi comprovado pela jovem autora desse texto... Meio sem nexo, meio exagerado... Só não se pode esquecer que, por ter sido escrito por mim, nele também falta algo...
AGORA
Nada
Falta de algumas coisas
Em novas coisas pra fazer
Paraíso Tropical
Close to You - Cídia e Dan
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Hoje bateu uma saudade enorme de uns pequenos detalhes...
Um certo cheiro, um certo gosto... Dá até vontade de por tudo a perder e ir atrás desses detalhes...
Pena que nem sempre eu sigo os meus impulsos... Será que seria a melhor opção dar ouvidos aos meus pensamentos? É que parece tão mais fácil apenas ignorá-los... Não sei...
Eram detalhes tão gostosos... E confesso que na hora em que se mostraram eu estava meio fora de órbita... Mas agora, sem maiores emoções, lembro-me bem de cada um deles...
Hoje, enquanto voltava pra casa, eu ia recordando cada aspecto, talvez cada momento...
Isso traz uma sensação boa... A sensação de que algo, enfim, valeu a pena...
Talvez eu seja muito covarde para procurá-los... E tenho quase certeza de que eles não voltarão...
O melhor, e talvez mais arrisacdo, é relembrar com certa ternura, mas sem deixar que o passado e a saudade comandem os meus dias...
Dizer que "quem vive de passado é museu" é muito vazio para mim... Afinal, o que seria de nós sem os museus e toda a nossa história, nosso passado, condensados? É um ditado esporadicamente inválido...
As nossas lembranças, às vezes, são cruéis... Nos transportam para uma realidade passada, mas tão significativa que transcende o tempo... E mesmo assim, interpreto isso como uma nostalgia necessária... Que nos faz crescer e aprender com tudo o que passamos...
Não sei qual atitude tomar, qual pensamento seguir, qual a coisa certa a dizer...
Prefiro me calar... E, de novo, esperar... Esperar que a sensação passe ou que os detalhes voltem...
Comodismo? Talvez... Mas eu acho mais sensato esperar um pouco a antecipar outras emoções...
Me parece mais humano sentir cada coisa a seu tempo que correr desesperadamente atrás delas...
Parece que enquanto corremos incansavelmente atrás da felicidade, acabamos por perder a beleza do caminho...
AGORA
Maxi Goiabinha
Falta de algumas coisas
Só tenho aula até amanhã *-*
Nada
Made for TV movie - Incubus
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