Vick
Eu disse... Ah! se disse... Várias vezes... Por aqui, a Meg, ao meu travesseiro...
No fundo, acho que eu sempre acreditei nisso... Ou sempre acreditarei...
É incrível... Pode até ser loucura, e que seja se melhor for, mas sempre vai tudo dando certo... Se explicando, encaixando, ensinando, batendo e me fazendo crescer. É bom chorar. É bom gritar. Às vezes até o silêncio consegue dizer bem mais do que se espera dele...
Tudo incomoda. Tudo dói. Tudo marca. E tudo some. E se torna quase insignificante, quase um nada. E o que o nada é!? Vai saber...

O caos vai preparando para o fim ao mesmo tempo que prepara para o começo... Tira e cede. E causa sensações infinitas, únicas, por vezes inimagináveis... E passa! Feliz ou infelizmente, passa. Sempre passa.
E mesmo assim eu ainda o supervalorizarei... Sempre... Porque é essa desordem que me tira o chão, mas que também me faz aproveitar muito mais o fato de poder sentí-lo aqui embaixo novamente, num outro dia com novas possibilidades e novos sabores...

Aaaaaaaah possibilidades...
Devem ser levadas, todas elas, em consideração... Boas, ruins, esperançosas, calamitosas...
Desde que sejam possibilidades... Sol, chuva, velho, novo, nuvem, mofo... E ar. E ares. Hades?
Aaaaaaaaah vocês, veneradas possibilidades... Não sei o que seria do ser humano sem vocês... Pois é... É uma possibilidade... Só que essa eu prefiro nem cogitar.

E àqueles que aceitam o "normal" como algo bom... Se conseguissem se deixar desacomodar... Se por um segundo percebessem o quanto estão perdendo... Gritariam, chorariam, bateriam e brigariam por um segundo a mais todos os dias até que a diferença começasse a se fazer notar...
Eu posso não ser um exemplo de obstinação... Mas eu deixei de me acomodar... Todos os dias, um segundo por dia... E, não sei se por ansiedade ou por resultado propriamente dito, já vejo alguma pontinha aqui por dentro mudando.

AGORA

Bolo de Chocolate
Sono
"Agora que eu quero meeeeeesmo!" ;)
Nada
Como Eu Quero - Kid Abelha

Essas internas...
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Vick
A beleza do caos só é percebida por quem não é, de fato, atingido por ele...
As perspectivas frustradas, as possibilidades quebradas, os fatos desagradáveis, as dores no corpo e na alma, os excessos, as faltas, a acomodação... E confesso não saber o que é pior... Se a acomodação por qualquer que seja o motivo ou a nutrição de expectativas sobre qualquer que seja a coisa. Todo esse conjunto de fatores revoltantes são belíssimos e de alto poder utópico para quem não é usado como marionete deles...
Malditos vampiros... Acabam aos poucos com você... Tiram a tua saúde, o teu brilho, a tua vontade, o teu sangue e a tua alma... Deixam "viver" apenas um pedaço de carne com alguns frágeis ossos sustentando um desequilibrado equilíbrio desequilibrado...
Os que desfrutam de algum milagre já não ligam para a situação alheia... O caos já não os afetam. Ou será que fingem não se deixar afetar!? Vai saber... Ainda espero por algum meu...
O prazer de viver, quando em gozo, é capaz de cegar os que o gozam... É benção e maldição... Um presente da vida que massageia e conforta a alma, mas que também pode furar os olhos...
Não sei se não entendo por que isso acontece porque simplesmente não consigo entender ou se porque não quero... Não sei. Mas sei que quero o meu milagre...

"Agora, talvez mais do que nunca, eu preciso do meu milagre"...
Não me lembro bem, mas acho que ouvi algo do tipo no filme "Melhor é impossível", já citado por aqui...
E, honestamente, onde ouvi é o que menos me importa agora... O que importa é que eu preciso... E muito. E com urgência. Preciso logo do meu milagre... Preciso logo de um pouco dessa cegueira adocicada e leve... De um pouquinho de boa vontade da vida para me deixar dar mais alguns passos sem sentir tanta dor...
Eu estou acomodada. E nutrindo expectativas (sobre não sei o quê, mas ainda assim nutrindo. - o que é bem pior.). Já não suporto mais esperar por ele... Já acho que há algo errado nisso... Não deve ser corriqueira tamanha demora...
As porradas chegam rápido... As dores, os músculos cansados, os hematomas... Mas e o afago!? A mão que espanca não fará o carinho!?

Eu até tento andar com pedras e tacos para revidar... Mas as minhas costas doem... Eu sinto cada grama pesar como toneladas... É peso demais sobre o corpo cansado... Mais que sobre o corpo, sobre a alma.
A alma de quem não aceita o momento como simples momento, que não aceita viver só de esperanças, que acredita nas inúmeras possibilidades que a vida pode traçar, que busca ter um pouco da paciência e do poder de reconstrução de monges, que procura fazer o sempre certo sempre; a minha alma está cansada... Ela deita cansada todos os dias como o meu corpo, mas cede a sua energia para que ele se levante no dia seguinte para se cansar um pouco mais... E descansa quase nunca. Ela precisa que todas as outras almas que quer proteger estejam bem e que o meu corpo esteja longe dos vampiros do caos para só então poder relaxar... Mas isso é difícil... Muito difícil mesmo...
E sempre há um outro ser que ignora a luta da pobre alma... Apunhala sorrateiramente... Magoa por prazer, por não se importar, por vários motivos ilusórios... Mas sempre justificativas pouco aceitáveis para tamanha crueldade...

Meu corpo e minha alma não têm mais outra saida a não ser continuar lutando contra a acomodação, contra as esperanças e as expectativas, contra as possibilidades infundadas, contra a deterioração dos que possuem alto valor... Contra alguns dos demônios do caos...
Quem sabe assim eu possa desfrutar de algum milagre e me deixar cegar um pouco por ele... Só um pouco... Mas é que preciso sentir um pouco do gosto dessa leveza... Um pouco que seja... Para não me acomodar mais como estúpida que sou...
Preciso de algum milagre, algum impulso que me anime a lutar de novo... e sempre.
Vick
Cabe certinho...

30 Seconds to Mars
The Kill


What if I wanted to break?
E se eu quisesse terminar?
Laugh it all off in your face...
Rir de tudo na sua cara...
What would you do?
O que você faria?

What if I fell to the floor?
E se eu caísse no chão?
Couldn't take this anymore...
Não pudesse mais agüentar...
What would you do?
O que você faria?

Come break me down!
Venha me destruir!
Bury me, bury me!
Me enterre, me enterre!
I am finishing with you!
Eu estou acabando com você!

What if I wanted to fight?
E se eu quisesse lutar?
Beg for the rest of my life...
Implorar pelo resto da minha vida...
What would you do?
O que você faria?

You say you wanted more...
Você diz que queria mais...
What are you waiting for?
O que você está esperando?
I'm not running from you (from you).
Não estou correndo de você (de você).

Come break me down!
Venha me destruir!
Bury me, bury me!
Me enterre, me enterre!
I am finishing with you!
Eu estou acabando com você!
Look in my eyes!
Olhe nos meus olhos!
You're killing me, killing me!
Você está me matando, me matando!
All I wanted was you!
Tudo que eu queria era você!

I tried to be someone else...
Eu tentei ser outra pessoa...
But nothing seemed to change.
Mas nada pareceu mudar.
I know now, this is who I really am inside...
E eu sei agora, isto é o que eu realmente sou por dentro...
Finally found myself!
Finalmente eu me encontrei!
Fighting for a chance...
Lutando por uma chance...
I know now, this is who I really am!
Eu sei agora, isto é o que eu realmente sou!

Ah, aaaah
Ah-aha ohh
Ah, aaaah

Come break me down!
Venha me destruir!
Bury me, bury me!
Me enterre, me enterre!
I am finishing with you!
Eu estou acabando com você!
Look in my eyes!
Olhe nos meus olhos!
You're killing me, killing me!
Você está me matando, me matando!
All I wanted was you!
Tudo que eu queria era você!
Come break me down!
Venha me destruir!
Break me down, break me down!
Me destruir, me destruir!

What if I wanted to break? [You say you wanted more]
E se eu quisesse terminar? [Você diz que queria mais]
What if I... [What are waiting for?]
E se eu... [O que você está esperando?]
What if I... [I'm not running from you]
E se eu... [Eu não estou correndo de você]

Bury me, bury me...
Me enterre, me enterre...

AGORA

Nada
Dor de garganta passando
Em fazer as unhas
Nada
The Kill - 30 Seconds to Mars


Uma outra versão, mais, mais...

Vick
O ano não acaba...
As coisas ruins não páram de aparecer...
Tudo não pára de dar errado...
Eu não consigo deixar de ser estúpida...

E cadê o meu castelinho? As minhas muralhas? Os meus postos de defesa e a minha torre??? Onde foi parar tudo aquilo que acreditava que me protegeria para todo o sempre?
Será que a onda que por aqui passou era feita de ácido!? Pois não restou muito das minhas construções... De todas elas...
Tô me sentindo fraca, desprotegida, vulnerável... O lixo do lixo...
Olho no espelho e tenho vontade de matar a idiota que vejo... Mas ao mesmo tempo que tenho raiva, tenho pena...

Se tudo isso fosse um filme, amanhã eu acordaria disposta a mudar...
Cortaria o cabelo, mudaria as roupas, os gestos e surpreenderia a todos com uma nova pessoa; fatal...
Acontece que não tenho mais forças... Nem para pensar no que fazer...
Não consigo vislumbrar boas coisas...
Eu penso no passado e só vejo porrada...
Olho para o presente e... porrada..!
Então o que esperar do futuro!? Afago???
Não... Não mesmo...
Não sou tão estúpida assim... Já consigo aceitar que nada mais vai dar tão certo esse ano; pensando apenas num futuro mais próximo...

O ano não acaba...
O medo não passa...
As coisas não melhoram...
Mas as forças praticamente já acabaram... E falta tanto tempo pro ano acabar... Dias intermináveis... Horas insuportáveis...
Agonia, agonia e agonia;
Não vejo mais nada de bom para acontecer nesses dois próximos meses...
Não que o próximo ano vai ser puramente maravilhoso...
Mas ao menos o ritual da passagem me vai revigorar... Talvez eu ainda acredite no que dizem... "Ano novo, vida nova."
E eu preciso, urgentemente, de outra vida... Alma nova mesmo... Por que essa já está cansada...
Cansada de tanta porrada, de tanta decepção, de tantos "draminhas"...

Eu tô me sentindo numa farsa.
Tomara que eu acabe logo com ela...
Para tudo passar e depois começar tuuuuuuuudo de novo...

AGORA

Calzone
Dor de garganta
Em ter que acordar cedo amanhã
Monk
Murder on the Dancefloor - Sophie Ellis Bextor

Vick
Se todos com os quais realmente me importo soubessem o quanto me importo, complicariam menos as coisas...
Se todos eles soubessem que eu daria o mundo como oferenda para ver um sorriso diário no rosto de cada um deles, sorririam mais e sacrificariam menos pessoas...
Se todos lembrassem que sempre terão apoio para realizar coisas boas, teriam menos medo de fazê-las...
Se ao menos imaginassem que eu seria capaz de matar qualquer outro ser que os fizessem mal, começariam a tomar mais cuidado para não se deixar machucar por ninguém e, novamente, sacrificariam menos pessoas...
Ah! se soubessem... Se soubessem...

Se soubessem como me mata vê-los morrer, como me destrói ver alguém destruí-los e eu nada poder fazer...
Essas pessoas são seres essenciais para mim... Eu respiro aliviada quando estão por perto, quando estão bem...
Me faz tão bem vê-los bem... Bem como me faz muito mal ter que assistir, por vezes, os mesmos se deixarem deteriorar por coisas que não valem a pena... Na verdade, nada vale o desgaste de nunhum deles... Não há nada tão importante assim no mundo...

Eu mataria por vocês... Mas como sou extremamente covarde, eu morro... Por todos vocês...
E só um lembrete pra quem eu mais tenho morrido ultimamente...

Ah, garoto, se tu soubesse o quanto você vale... Que não há nada avaliado nesse mundo que se compare ao teu valor... Sem preço, sem peso, sem troca... Peça única. Ser raro no planeta...
E há meses não sei o que é te ver sorrir de verdade, andar tranquilo, parar e conversar sem peso algum nas costas...
Pois saiba que o peso do mundo, meu bem, não lhe cabe. Você não é, nem de longe, o único e maior responsável pelas coisas ruins que, por ventura, atravessam o teu caminho... Talvez você precise de algumas lições... De algumas porradas bem dadas e doloridas para não se acomodar... Pessoas como você morrem ao se acomodarem... Seja com coisas boas, seja com ruins...

E você está cometendo um grande erro... Talvez o maior deles... Talvez o único que eu não aceite... Você está aceitando a coisa ruim como algo natural, como condição sine qua non para seguir... E não é bem assim... Eu já disse que teu olhar é o que melhor te traduz... É o brilho dele que diz o que você realmente é... É alma de criança em corpo de adulto... É força de ser puro brigando com força adulta, calejada... Não há a menor obrigação de vencer sempre; não há a menor equivalência de forças... E você só perde ou porque teima em ir além quando pode parar e pensar ou porque desiste sem nem ao menos tentar... Chega a ser contraditório... E você se deixa estagnar numa posição que sempre leva à falha... Então me responda... É justo?
É justo que uma pessoa como você, de vontades simples, do sorriso besta, do olhar doce, da falta de noção tão ridícula que se torna engraçada, da graça tão despretenciosa e de tantos outros detalhes que você mostra a todos de maneira tão agressiva que poucos resolvem perceber, se deixe abater tão fácil!? Você diz que cansou de lutar, que não mais fará isso, que vai sentar e aceitar migalhas... Honestamente!? Se for pra adotar essa postura, pegue uma pistola e puxe o gatilho com o cano na tua boca, por favor. Vai doer bem menos que morrer aos poucos, como está aceitando que aconteça.

Se eu soubesse que atenderia um pedido meu sem pensar duas vezes, o faria da seguinte forma: "Por favor, querido, retome essa briga de maneira inteligente... Não se deixe levar por momentos ruins, por faltas e perdas... Lembra, ao menos por um minuto a cada dia, que tua alma é boa, é como alma pura... Não deixa mais o teu olhar perder o brilho porque é ele que deixa gente como eu respirar um pouco mais aliviada quando está perto de você..."

AGORA

Almoço
Sede
Amanhã (re)começa o inferno do CEFET
Jornal Hoje
Over My Head - The Fray

Vick
Dono da mão macia e leve que, por vezes, teima em tentar esconder a mais forte das porradas...
Da vontade de atiçar a curiosidade, do apego à liberdade, do jeito de pedra...
Do sorriso escondido, do cafuné mais gostoso, do abraço forte...
Dos dedos que deslizam, da pele que esquenta, do abraço que acolhe, do braço que expurga...
Do “não” que é sim, do “sim” que é não, do sempre nunca pro talvez...
Da graça sem graça, do doce no amargo, do complexo no singelo...
Da personalidade única e inconstante, da busca incansável pelo nada e por nada...
Dos desafios lançados e tomados a qualquer instante, das atitudes mais imprevisíveis...
Da falta de amor pra ceder, do espaço no coração pra ganhar...

Sem medo, sem pensamento, sem palavras...
Sem padrão, sem expectativa, sem plano...

Dono da verdade, dono das vontades...
Às vezes, quase meu dono.

Impulsivo...
Não perde, não ganha, não pede, não aceita, não dá, toma.

Barba, cabelo, pêlo, suor...
E força, e fraqueza, e raiva, e beijo, e carinho...
Pedro.

Já levou quase toda a defesa que restava em mim, garoto...
Mas... Quer saber? Não vou ligar, não mais...
“Vaza”, “morre”, “te fode”...
Acho que já entendi, mas ainda assim gosto de ter você por perto...

AGORA

Nada
Nada descritível
"Por favor, Deus..."
Peter Pan
Seether & Amy Lee - Broken

Vick
Há certo tempo, e se tivesse que escolher uma data para especificar qual o ponto de partida, diria, talvez, 26/12/2006, me prometi mudar. Mudar não só fisicamente, mas também padrões, gestos, espaços, aberturas, ações e reações. Eu prometi não acreditar mais nas coisas que me fizeram mal e não acreditar mais, também, em algumas coisas que, para muitos, são ditas essenciais. Eu prometi por mágoa e por orgulho... Não poderia aceitar mais decepções fossem elas com amigos, fossem com namoradinhos...
Nesse momento a palavra do outro não me satisfazia, não mais. Eu precisava ir um pouco mais além dentro de mim para saber se seria válido, se valeria a pena arriscar as minhas últimas fichas em quaisquer que fossem as possibilidades... Já tive muito menos medo de perder, porque sempre tive de sobra coragem pra sentir a dor do tapa, mas hoje em dia eu já não tenho tanta disposição assim... Agora eu sei que arriscar pode machucar... E talvez saiba por que após tantos socos eu tenha adquirido algum traumatismo, trauma pelo trauma... Chegou a soar estranho...

Pois na minha plena convicção de que estava protegida, descobri que meu vigia era burro... Que sempre abria a porta dos fundos para que o vento circulasse um pouco mais... Entretanto não a fechava e sempre me cabia ou manter o vigia atento ou me forçar a ficar atenta à tal porta... O porém que sempre acontece é que vez ou outra me junto ao vigia para um bom jogo de cartas e me esqueço de fazer valer sua função. É nesse deslize que passam pessoas e situações das quais nem sempre estou preparada para receber...

Foi assim com ele... Eu não estava, e confesso que ainda não sei se estou, preparada para recebê-lo... Chegou do nada e talvez por muito pouco, me deu algumas boas porradas e se impôs mais que muitos outros com muito menos do que eles...
E não sei o motivo, antes que eu mesma me pergunte.
Deve ter sido o jeito de rocha, sem sorrisos ou explosões, com mão e toque sutis que abriram tanto espaço em tão pouco tempo... O modo quase rude como cospe, por vezes, as palavras na minha cara ou o abraço mais confortável do mundo... O mesmo braço que puxa meu cabelo e que causa dor é o mesmo braço no qual eu dormiria sem maiores medos... O olho que por vezes esconde perfeitamente o pensamento é o mesmo que na maioria das outras vezes diz muito mais que muitas palavras ditas...
Aquilo que me incomoda esporadicamente é o que me deixa segura e me atrai na maior parte do tempo...

O humor que muda num piscar de olhos é, talvez, o que mais me instiga nele... Acho que por mimos feitos por todos à minha volta por quase toda a minha vida eu não aceite bem a idéia de não saber o que ele pensa e/ou sente em relação a mim... Sempre ou me odiaram ou gostaram de mim... As poucas incógnitas eu acabei deixando pelo caminho talvez por me contrariarem, talvez por esquecimento ou quem sabe até mesmo talvez por simples e puro distanciamento de caminhos... Mas com ele é diferente... Eu tenho que ir atrás... E o mais incrível é que eu sempre vou... Nunca me ocorreu isso e, justamente por tal fato, não sei quais ações tomar, o que pensar ou como agradar... Toda essa falta me corrói... O medo de perder, que nunca havia se mostrado tão bem, permeia cada milímetro de mim... Eis outro problema...

O que perder se nada tenho? Afinal, não é plano dele “ter”, ao menos não ME ter... Na verdade isso nunca incomodou, porque nunca foi algo que eu quisesse ou me importasse, até que eu percebi que o que nunca quis se tornou desejo, vontade ou pior, sinal de esperança. Já disse milhares de vezes por aqui que odeio essa sensação... Considero parte do grupo das piores coisas que nós, seres humanos, alimentamos... Possibilidades são maravilhosas, deixar que essa praga que é a esperança cegar-lhe por uma delas pode ser o começo do seu fim.

E não ter controle sobre nada disso mata um pouco mais... Ter consciência de que nem tudo se escolhe na vida, nem gostar do que agrada e não vai além, nem chorar por isso e tantas outras coisas das quais não se tem força suficiente para manipular me deixa, por vezes, mal... Muito mal...

Então eu pisco os olhos... No mesmo segundo o humor dele muda... E eu esqueço de tudo e recaio no vício... Até que eu pisque novamente...
Voltas e voltas, às vezes em círculos, dentro de um labirinto sem saída ou secreto centro, mas que, mesmo assim, me encanta como poucos...
Para completar, não sei se gosto ou se odeio isso... Sei, no máximo, que bambeia por essa tênue linha.


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