Vick
Alguém, por favor, me explica o porquê de sermos assim?

Estamos sempre escondidos atrás das nossas enormes muralhas de mentiras... Não somos quem, ou o que, de fato queremos ser.
Somos, no máximo, o que o nosso talento nos permite ser...
Somos artistas... E de habilidades múltiplas!(!!) Cantamos quando precisamos impressionar (e em alguns casos nem há talento, mas o empenho acaba sobrepondo-se sobre o mesmo), dançamos quando precisamos nos mostrar empolgados e empolgnates, atuamos cotidianamente...
Enfrentamos o tempo e a vida como se fizéssemos parte de um filme... Passamos (ou perdemos?) tanto tempo montando a nossa personagem e dando vida à mesma que esquecemos de nós, confundimos o real e o imaginário...
Em algum lugar há espaço para os seres humanos de verdade, com reações de verdade, com sentimentos de verdade...

E se acordássemos, um dia, sem a memória da nossa personagem? Atiraríamo-nos, por acaso, no precipício dos nossos lençõis? E por quanto tempo permaneceríamos caindo?
Sem lugar para ir, sem ombro pra chorar, sem conselhos pra ouvir... O que faríamos? Eu esboçaria, ou ao menos tentaria esboçar, alguma luta... E você? Está preparado para deixar a sua máscaraem casa e apenas sair?
Apenas sair, apenas ouvir, apenas falar, apenas cantar, dançar, até mesmo atuar... Apenas palavras? Apenas...
Perseguimos mentiras mirabolantes e não procuramos intervir na verdade, no real... Não que a mentira não o seja; é taõ real quanto a verdade, a diferença é que a mentira é falível, enquanto a verdade é contestável.
Então nossas personagens são falhas e falíveis, enquanto a nossa personalidade é apenas contestável. E ainda assim ficamos com elas... Como pode?

Enquanto nos perdemos, perdemos a nossa individualidade e a nossa privacidade, alguém parece perceber algo comum, um déjà vu, talvez... Não deve ser muito difícil se reconhecer num mundo de iguais...
Eu já questionei os padrões, que, coitados, nada têm a ver com nossas inúmeras personalidades... Os questionei num momento confuso, mas com alguma boa intenção...
Agora vejo que eles, sozinhos, em nada interferem... Apenas fazem parte da nossa querida e amada rotina (e faz parte da nossa rotina querer sair dela)...

Somos e deixamos ser violados, interrompidos, igualados...
Sorrir mais, deixar o olho brilhar...
O mundo deixaria de ser mundo se largássemos nossas armaduras por instantes e mostrássemos que também podemos ser vulneráveis?
Eu até acho que a nossa vulnerabilidade diminuiria, afinal... Quem gostaria de enfrentar alguém que se mostrou forte o suficiente para largar suas ideologias de lado e viver um pouco mais do presente, pensando esporadicamente no significado do futuro?

E se nada disso for possível...

Brindemos à ignorância e à cegueira opcional;
Brindemos ao desinteresse e à falta de esperanças;
Brindemos à hipocrisia e ao sarcasmo;
Brindemos à falta de amigos e à falta de amores;
Brindemos ao óbvio e, então, à solidão...

AGORA

Passatempo recheado

Sono

Em umas provas...

Casseta e Planeta

Rooster - Alice in Chains

2 Responses
  1. Unknown Says:

    tenho q comentar ou é melhor poupar brigas?


  2. Anônimo Says:

    Ah.. Esse post ficou mais "fácil" que os outros..
    Ou então eu que to me acostumando com o seu jeito de escrever..

    anyway..
    Nem tem mto o q dizer do post =]

    Mas você colocou aquela parada no fiiim, né ! ;D

    =*