Vick
Eu me perdi no meu próprio mar de questionamentos filosóficos vulgares, fugazes... Tem sido difícil aceitar que minhas idéias são absurdamente minhas e de mais ninguém... Não há um porquê embasado para questioná-las ou disseminá-las. Eu posso pensar e repensar minhas teorias, mas sempre acabo nas mesmas bifurcações... Como se não houvesse mais uma última possibilidade que me desse a chance de fugir de uma ou duas vontades. Por que sempre há uma brecha, um atalho, talvez, que auxilia na transposição de uma barreira, de uma dúvida e até mesmo (ou por que não) uma vontade.

Meu texto perdeu o corpo, meu corpo perdeu meu texto. Ou então misturaram-se sem que eu percebesse a tempo... O que consegui perceber foi que, esporadicamente, se faz necessária a peneiração dos nossos conceitos, atitudes, crenças... O que fica é o que não tem serventia ou até possui certa relevância, porém aspergida de inutilidades...
O que me soou como problema é que foram muitos os grãos que não passaram... Foram muitas as coisas dotadas de uma estúpida nulidade... Cheguei à conclusão de que está tudo tão errado que, esmiuçando a retrospectiva do que escrevi e sobre o que acreditava sentir, preciso voltar e retraçar caminhos...
Readotar ou abandonar de vez e sem pena posturas com as quais já havia encontrado alguma identificação e por algum motivo destacaram-se ou foram encobertas com o tempo...

Eu preciso voltar alguns passos para não me arranhar com a avalanche que começou a cair (Ah! pequena pedra safada... Não dava nada por ti e, talvez por vingança ou pura vontade ilógica, resolveste gerar um mega distúrbio no meu sistema que parecia tão perfeito, tão organizado...), preciso me jogar em alguns mares nunca antes navegados sem bóia alguma e ver o quão profundo posso ir ou por quanto tempo permaneço em apneia... Continua o valor ao momento, do mais delicado ao mais desgostoso, quebra-se a falta de crença na liberdade, continua a incrível admiração e seguimento às possibilidades, constrói-se um espaço maior para as vontades... Mais alguns ajustes, mais algumas negações e pronto..! Antigas muralhas abaixo; pedras que viraram pó e serviram, apenas talvez, de aplanamento para que a nova seja construída. Mais forte, mais segura, mais cruel, mais realista, advinda de uma inexplicável experiência percebida.

Eu estava tão confortavelmente adaptada às possibilidades intermináveis que me deixei acomodar. Meus limites podaram demais as minhas asas. Agora chega.
Não tenho mais medo de vontades e dúvidas. Tenho medo de voltar a não seguí-las, de não aceitar mais apenas o "sim" e o"não" como alternativas. E se dentro dessa rua sem saída que antes ambos me pareciam houver uma porta? E se for por essa porta que eu sempre precisei passar??? Mais e mais perguntas não me bastarão. Vamos ao sim e ao não. O talvez sempre me acompanhou, sempre agiu como guia; que continue.
Me sinto, agora e em partes, como Gregor Samsa. Animal que surgiu de mim, em mim. Me tornei o que tinha medo e gostei.
A análise e a discussão pelo simples prazer do questionamento me cedeu ares horripilantemente novos. Sei no que acredito e por quais motivos o faço.
Agora é hora de experimentar.

AGORA

Nada
Frio
Minhas férias acabaram... =/
Indo assistir "Jogos Sangrentos"
Still Got The Blues - Gary Moore

2 Responses
  1. Unknown Says:

    por isso eu fiz tantos comentarios durante a leitura, tava com saudade disso: nao entendi \o/


  2. Anônimo Says:

    soh um mane pra naum entender, cara!
    eu sabia que um dia vc cansava de pensar e ia comecar a agir.
    demorou, princesa!
    eu sempre achei que faltava vc falar mais com o corpo e parar de ficar pensando em td o tempo todo...
    vai por mim, coisa, vc vai gostar bem mais dessa fase de agora!

    beijao
    te adoro, princesinha